Mesa Redonda

História Da Saúde Mental E Contemporaneidade: Mais Além Da Academia, Serviços E Ativismo

Dia 01/10/2025 das 10:00 às 12:00

MINIAUDITÓRIO - TÉRREO

Esta mesa redonda propõe um debate crítico, descolonial e interseccional, sobre os sentidos da saúde mental, articulando perspectivas históricas, científicas e interdisciplinares, para além do que comumente é abordado nas fronteiras tradicionais entre academia, serviços e militância social. O objetivo é provocar reflexões críticas sobre as raízes epistemológicas coloniais do modelo manicomial e seus efeitos na atualidade, frequentemente ausentes das salas de aula e dos debates na área, indo mais além da história do SUS, da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial a partir dos anos 70. Também, apresentar as resistências cotidianas nos serviços, e os desafios de políticas públicas relacionadas à saúde mental coletiva que se pretendam democráticas, territorializadas e sintonizadas com novas demandas, que entrecruzem raça, classe, gênero, cultura e território. A partir de diferentes lugares de fala — da gestão estadual, do cotidiano hospitalar, das redes de atenção e da experiência acadêmica transnacional — a mesa articula saberes científicos, técnicos, militantes e vivenciais que tensionam a narrativa oficial, adicionando novos elementos, inclusive para pensar a saúde dos(a)s trabalhadores(as) neste campo. Trata-se de uma oportunidade de conhecer relatos de vivência e trajetórias que iluminam a complexidade da atuação em saúde mental: desde os limites institucionais dos serviços até as estratégias de resistência construídas por acadêmicos(as), trabalhadores(as) e usuários(as) em Alagoas. Com destaque para o olhar descolonial sobre os discursos psiquiátricos desde o século XIX e os entraves para uma política de cuidado em liberdade, esta atividade reafirma o pensamento crítico em saúde coletiva e a justiça epistêmica e social. Em consonância com a temática do Congresso — “Diálogos e Saberes para a Sustentabilidade” —, a mesa propõe sustentar vínculos, direitos e narrativas contra-hegemônicas no campo da atenção psicossocial.

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